O município de Oliveira de Frades assinalou esta segunda-feira (7 de outubro) o feriado municipal. Um dia que ficou marcado pela reabertura do edifício da câmara municipal que foi alvo de obras de requalificação e pelo desafio lançado ao governo para colaborar na reabilitação das sedes das bandas filarmónicas do concelho.
“É um dia importante para o município”, começou por dizer o presidente da autarquia, João Valério, na sessão que contou com a presença do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias.
“No dia do feriado, uma coisa que eu muito ansiava era reabrir as portas do município, da casa de todos, no dia do município, a 7 de outubro”, frisou o autarca que lembrou ainda que este “era um projeto muito ambicionado”.
Na intervenção João Valério disse que esta obra, que teve um investimento de cerca de 860 mil euros, deu uma nova “cara” àquela que é “a casa mais emblemática do concelho” e que representa todos os oliveirenses.
“Voltamos à casa com dignidade, porque o nosso concelho pela sua pujança industrial, pelo seu dinamismo, pelas suas freguesias, merecia uma casa assim. Não estamos a dar nada que o concelho e as pessoas não mereçam”, destacou.
O autarca frisou que estas intervenções vieram dar “ótimas condições de trabalho”, nomeadamente “condições de acessibilidade e conforto a vários níveis” aos funcionários do município, mas, sobretudo, a quem visita a câmara.
“Se já conseguíamos trabalhar, não tenho dúvidas que daqui para a frente vamos conseguir fazer um trabalho ainda maior”, disse.
João Valério aproveitou ainda para deixar uma palavra de agradecimento aos funcionários, à assembleia municipal e aos presidentes de junta pelo trabalho conjunto.
O autarca também enumerou outras inaugurações que espera fazer em breve e recordou as obras que já estão finalizadas, destacando ainda que o executivo está “a executar fundos comunitários com uma taxa de execução de mais de 90%”.
Quanto às empreitadas em curso, o autarca disse que espera inaugurar o Centro de Saúde “daqui a um mês”, um investimento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, e, no início do próximo ano, espera inaugurar o cineteatro.
No que diz respeito a obras já finalizadas, João Valério enumerou várias como a segunda fase do parque urbano, a loja do cidadão ou a praia da carriça. Destacou ainda o lançamento da primeira pedra de uma creche em Arcozelo das maias ou a requalificação do Centro Interpretativo da Anta da Arca.
Ainda no âmbito dos investimentos no concelho, o autarca aproveitou a presença do secretário de Estado para pedir que o governo apoie na requalificação das sedes das bandas filarmónicas do concelho de Oliveira de Frades através de um contrato programa.
“As nossas filarmónicas precisam de requalificar as suas sedes. Fazem um trabalho magnifico com dezenas de jovens nas suas freguesias e queríamos apresentar-lhe esse projeto e gostava que analisasse isso com alguma sensibilidade”, disse.
O secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território aproveitou para sublinhar que a obra de reabilitação do edifício da Câmara Municipal de Oliveira de Frades foi apoiada através de um contrato programa com a administração central.
“Significa que quando há vontade e congregação dessas vontades, entre a administração central e administração local, é tudo mais fácil, conseguimos dividir os problemas e a responsabilidade financeira”, disse Hernâni Dias.
A intervenção, que arrancou em março do último ano, foi comparticipada pela Direção-Geral das Autarquias Locais em 50 por cento do valor, no seguimento de uma candidatura apresentada pelo município.
No discurso, o governante falou ainda na revisão da Lei das Finanças Locais que está a ser trabalhada pelo Governo. “Queremos que no próximo mandato autárquico as pessoas que vierem a ser eleitas já possam saber com aquilo que contam para o mandato imediatamente a seguir”, justificou.
Hernâni Dias sublinhou que “há ainda muita matéria que tem que ser trabalhada” para que possam “introduzir algumas correções para que aqueles que têm muito não tenham cada vez mais e aqueles que têm pouco fiquem cada vez mais empobrecidos”.
“Temos de criar dinâmicas de equilíbrio dentro do nosso país, para que os territórios que não sejam tão bafejados pela sorte e pela localização geográfica, nem tão pouco pela quantidade de pessoas que têm nos seus territórios, tenham o mesmo tipo de oportunidades e esse é o trabalho que tem que ser feito”, finalizou.
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